Nesta semana, Elon Musk foi notícia ao comprar 10 mil GPUs de nível industrial. Agora, sabemos um pouco mais sobre qual será o destino delas. O bilionário pode ter planos de iniciar uma startup de inteligência artificial para concorrer com a OpenAI, que desenvolve o ChatGPT.
As informações são de uma reportagem do Financial Times. Segundo a publicação, Musk estaria formando uma equipe de pesquisadores e engenheiros. Alguns deles teriam sido recrutados da DeepMind, empresa de inteligência artificial da Alphabet, dona do Google. As conversas com investidores já teriam sido iniciadas, inclusive.
A notícia vem após a Business Insider revelar que Musk comprou 10 mil GPUs da Nvidia. Os aparelhos são parte crucial no treinamento de inteligências artificiais.
Outra reportagem deu mais força a essas informações. Segundo o Wall Street Journal, Musk abriu uma empresa chamada X.AI Corp. no estado americano de Nevada. Recentemente, ele abriu duas outras companhias por lá: a X Corp., que absorveu o Twitter, e a X Holdings Corp.
Acreditava-se que o Twitter seria a “casa” do desenvolvimento de uma IA, com aplicações no negócio de anúncios e na busca. Mesmo que seja a construção do modelo se dê em uma startup separada, os dados da rede social seriam usados para treinar a tecnologia.
Em entrevista à BBC, o CEO da Tesla, SpaceX e Twitter disse apenas que “parece que todo mundo está comprando GPUs hoje […] o Twitter e a Tesla com certeza estão comprando GPUs”.
Musk já foi investidor da OpenAI
As notícias do mais novo movimento de Musk em direção à inteligência artificial foram recebidas com uma dose de sarcasmo.
Afinal, há menos de um mês atrás, ele liderou a publicação de uma carta aberta pedindo uma pausa de seis meses no desenvolvimento de tecnologias mais potentes que o GPT-4.
Nenhuma empresa atendeu o pedido. Sam Altman, CEO da OpenAI, disse nesta sexta-feira (14) que o documento deixou de lado alguns “detalhes técnicos” e que não foi o melhor jeito de abordar uma preocupação legítima sobre a segurança desses modelos.
Musk é um dos co-fundadores da OpenAI, ainda como instituição sem fins lucrativos. Segundo uma reportagem publicada em março de 2023, o bilionário tentou assumir o controle da organização em 2018, mas foi rejeitado.
Desde então, ele se afastou dela e deixou de fazer investimentos. Isso pode ter sido crucial na decisão de abrir uma empresa com lucros limitados ligada à organização, que teve a Microsoft como principal investidora.
Com informações: CNBC, TechCrunch, The Wall Street Journal