Em conversa com a escritora e apresentadora Tati Bernardi no podcast “Desculpa Alguma Coisa”, a atriz Marisa Orth foi questionada se o fato de colegas de profissão terem assumido posturas fascistas a incomodava. Ao responder, ela se centrou a figura da também atriz Regina Duarte, que rescindiu seu contrato com a TV Globo para se tornar ministra da cultura no governo de Jair Bolsonaro.
“[Regina] Sempre foi musa da direita, a namoradinha do Brasil. A Globo surgiu durante a ditadura militar. Durante muitos anos foi um instrumento de manutenção da direita. Ninguém vai ser ingênuo aqui e eu não estou cuspindo no prato que comi. Depois, a TV Globo virou uma ferramenta pela democracia. Querer fechar a Globo hoje é coisa de fascista. Agora é um aparelho cultural brasileiro que a gente tem que manter”, afirmou Orth.
Em seguida, ela reiterou seu respeito por Duarte e tentou encontrar uma justificativa para sua mudança de comportamento, defendendo discursos de ódio e mentiras. “Eu a admiro, sempre foi muito doce, gentil, humilde comigo e no trabalho. Eu quero crer que seja uma espécie de idealismo. No teatro, eu fiz Sunset Boulevard, Norma Desmond, a ideia da pessoa que famosa, foi podre, podre, podre de famosa, e tem muita dificuldade de envelhecer”, prosseguiu.
“Eu acho que é isso. É um crepúsculo dos deuses. Eu preciso estar em evidência. Senti uma coisa infantil, de usar trancinha, uma coisa de juventude. Porque ela foi a mais famosa do Brasil durante três décadas, a mais famosa. Acho que não é fácil. Dou esse perdão, mas ela podia parar de fazer propaganda pra aquele verme”, finalizou.
Marisa Orth simplesmente um poço de sensatez, falando sobre Regina Duarte, Globo e fascismo. pic.twitter.com/BlULTFS3wm
— Nazaré Amarga (@NazareAmarga) November 5, 2024