A residência de Bad Bunny em Porto Rico é mais do que um evento musical — é um movimento cultural e político, imbuído de identidade e símbolo de resistência. Musicalmente, é um retorno triunfal às raízes, com um setlist que mistura modernidade e tradição; visualmente, é um espetáculo teatral e simbólico. Mesmo para quem procura apenas diversão, a energia intensa e a celebração do orgulho boricua fazem da tour um marco difícil de ser ignorado.
O palco é um tributo visual à ilha: vegetação tropical, palmeiras, galinhas vivas e até uma casa típica em miniatura, junto a duas plataformas.
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Chamam a atenção ainda as projeções com dados históricos — “PR é um território não incorporado” – e curtas-metragens, além da abertura com instrumentos tradicionais como bomba, plena, o cuatro, que celebraram a cultura jingera e camponesa.
O setlist é robusto e mescla hits de toda carreira e músicas do novo álbum Debí Tirar Más Fotos, incluindo “Café con Ron”, “Lo que le pasó a Hawái”, “Callaíta”, “Baile Inolvidable” e encerrando com “Debí Tirar Más Fotos” e “La Mudanza”. Cerca de 40 música passeiam pela trajetória de Bad Bunny.
A série de shows começou em 11 de julho e só vai acabar em meados de setembro, deixando impacto econômico e social: mais de 600 000 visitantes esperados, cerca de US$186–377 milhões injetados na economia.
Há algumas semanas, Bad Bunny disse para que fãs e críticos não esperassem algo semelhante a The Eras Tour, da Taylor Swift, mas ele fez mais: uma verdadeira mensagem de empoderamento para os porto-riquenhos, incluindo críticas a turistas predatórios e ao esvaziamento cultural, deixando um legado social e político sem precedentes ao seu país.
Se você gosta de separar artista da obra e é do tipo “não ligo para política”, o recado é claro: fique em casa!
O entretenimento está presente, mas não é vazio, e o show coroa Bad Bunny como o grande artista mundial de 2025.