Um estudo norueguês indica que escrever à mão ativa mais áreas do cérebro do que o uso de computadores, o que favorece o processo de aprendizagem.
Audrey van der Meer, professora de neuropsicologia na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, explica que, ao medir a atividade cerebral dos estudantes que escrevem manualmente, percebeu-se um aumento nas conexões neurais em comparação àquelas que digitam em um teclado.
“Quando escrevemos à mão, usamos mais nossos sentidos do que quando usamos um teclado. Em um teclado, repetimos os mesmos movimentos simples dos dedos, independentemente de qual caractere queremos digitar”, ressalta.
A pesquisadora reforça que as crianças devem aprender a escrever à mão desde o 1º ano escolar, pois isso ajuda na formação das redes neurais que favorecem o aprendizado. Embora o uso de computadores possa ser prático para textos longos, pesquisas indicam que a retenção de informações é melhor quando as anotações são feitas manualmente.
Excesso de uso de telas pode trazer prejuízos Em setembro, a agência de saúde pública da Suécia aconselhou que crianças de todas as idades evitem o uso de telas antes de dormir e que dispositivos como celulares e tablets sejam mantidos fora do quarto durante a noite.
Para crianças entre 2 e 5 anos, o tempo de tela deve ser limitado a no máximo uma hora por dia. Já para aquelas que estão na faixa dos 6 e 12 anos, o limite recomendado é de uma a duas horas diárias.
No caso de adolescentes entre 13 e 18 anos, o órgão sugere que o tempo de exposição às telas seja restringido a, no máximo, duas a três horas por dia. O ministro da Saúde do país, Jakob Forssmed, disse que os adolescentes suecos de 13 a 16 anos passam, em média, seis horas e meia por dia em frente a telas.
Crise do sono e falta de tempo para atividades ao ar livre O excesso de uso de telas é motivo de preocupação das autoridades suecas. Jakob essaltou que essa exposição excessiva “não deixa muito tempo para atividades comunitárias, exercício físico ou sono adequado”.
Além disso, ele fez um alerta para a “crise do sono” no país, destacando que mais da metade dos jovens de 15 anos não dormem o suficiente.
A agência de saúde citou pesquisas que associam o uso excessivo de telas a problemas com o sono, insatisfação corporal e até mesmo depressão.