O Google está correndo para alcançar o ChatGPT, e vai tentar corrigir o que parece ser um ponto fraco das tecnologias desse tipo. A empresa promete que o Bard vai entender melhor e dar respostas mais precisas para problemas de matemática. Ele também deve começar a escrever códigos em breve.
As informações são de Jack Krawczyk, líder de produto do Bard. Até agora, a inteligência artificial do Google pareceu tudo, menos inteligente, quando os assuntos são matemática e lógica.
Em um exemplo mostrado no Twitter logo que o produto foi lançado, o chatbot disse que o resultado de um mais dois é… quatro.
Para outro usuário, ele respondeu que cinco libras de penas pesam o mesmo que um haltere de uma libra.
O ChatGPT também teve problemas neste último exercício, para ser justo. Ele disse que cinco libras de penas e um haltere de uma libra pesam a mesma coisa: cinco libras.
Você entendeu? Pois é, eu também não.
Chatbots não são bons de conta
Este é um problema já bastante conhecido com os modelos grandes de linguagem, ou large language models (LLMs), como são chamados em inglês.
Paulo Shakarian, professor da Universidade do Estado do Arizona, nos EUA, testou 1.000 problemas matemáticos no ChatGPT em janeiro de 2023. A inteligência artificial acerta menos de 60%.
O especialista diz que os robôs ainda não são bons o suficiente para fazer inferências lógicas em múltiplos passos — ou seja, traduzir palavras em equações, em várias etapas.
Uma das habilidades mais impressionantes do ChatGPT é escrever e revisar códigos de diversas linguagens. Por enquanto, o Google colocou limites no Bard para ele não tentar responder questões de programação.
Isso deve mudar em breve. Além de prometer melhorias nas habilidades matemáticas do robô, Krawczyk disse que tarefas com códigos serão liberadas em breve.
Google corre atrás do prejuízo
Desde que o ChatGPT foi liberado, em novembro de 2022, especula-se que ele pode vir a ser um sério concorrente do Google.
Aparentemente, a empresa pensou a mesma coisa e correu para lançar o Bard.
Não foi um processo simples: funcionários não gostaram da abordagem apressada, e o mercado não gostou muito do que viu.
Mesmo assim, Sundar Pichai, CEO do Google, garante que seu produto é o melhor do mercado.
Por enquanto, o Bard está disponível para poucos usuários, apenas nos EUA e no Reino Unido. Vamos aguardar os próximos capítulos dessa disputa.
Com informações: Ars Technica