Com um currículo extenso em novelas, Marcos Palmeira protagoniza mais um remake na carreira. Depois de ‘Pantanal’, o ator agora está em ‘Renascer’, escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. Em ambas as novelas, Palmeira também atuou nas versões originais como o filho rejeitado dos protagonistas.
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Em entrevista coletiva da novela, na qual o Área Vip esteve presente, Marcos Palmeira falou das possíveis comparações e como se distancia do personagem anterior. “Primeiro, eu conto muito com a mão do Gustavo (Fernandez) e do (Pedro) Peregrine, de me ajudarem nesse olhar, de não me deixar cair numa repetição. Eu to muito atento a isso, mas também não estou amarrado a isso, eu quero contar essa história da melhor maneira possível”, afirma o artista.
Mesmo assim, Palmeira não está focado em comparações. “Acho que a comparação vai existir, mas eu não vejo o Zé Leôncio no José Inocêncio. Isso pra mim já me distancia demais dos personagens. Um é do Nordeste, outro é do Brasil Central, mas tem uma questão regional forte deles que é a coisa do filho rejeitado, tanto o Tadeu quanto o João Pedro, tem a coisa da mulher, mas o foco é mergulhar nessa história que vai ser contada, nessa realidade do cacau que é diferente”, analisou.
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Porém, Palmeira acredita que será impossível não ter nenhuma comparação. “Eu espero que as pessoas foquem na história e não se prendam a ficar comparando. Mas vai ser inevitável, mesmo ator, mesmo autor, não tem como fugir disso, mas eu não estou preocupado com isso não. To muito feliz no dia a dia de estar contando aquela história”, afirmou.
O ator ainda falou do prazer com o novo trabalho. “Depois de Pantanal, eu fiquei muito feliz de fazer esse personagem. Devo muita coisa ao Benedito. E o interessante é contar essa história e trazer novas camadas. Não é de novo fazendo aquela história, mas fazer uma nova história. É uma novela que a gente começou sem floreios; a gente vai no coração do cacau, no coração da Bahia, a gente já vai pra dentro da história. É natural ter comparações (entre a primeira e a segunda versão) mas que me perdoem a viúvas de Renascer, mas é um novo Renascer”, brincou o veterano.
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Ele ainda destacou outra possível comparação com Antônio Fagundes, que fez José Inocêncio em 1993. “Eu acho que o José Inocêncio tem uma diferença muito grande que ele foge do estereótipo do coronel. Foi feito pelo Fagundes 30 anos atrás brilhantemente também. Esse hoje é um coronel que mete a mão na massa, ele é um coronel que produz, ele não é um coronel na verdade, ele é um dono de fazenda que faz, isso dá uma dinâmica pra ele diferente. Eles são todos parceiros, uma equipe de trabalho. Ele não se coloca nesse lugar de coronel que todo mundo tem que obedecer, apesar de trazer alguns resquícios”, ressaltou.
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A ajuda do diretor também vem auxiliando a criação do personagem. “Eu tenho percebido que o Gustavo tem sido muito importante pra todos nós. Ele tem pontuado situações muito específicas pra nós, os tons. A gente está nesse processo de ajustes de tom nas relações com cada um, isso ajuda e dá muita segurança no que a gente está fazendo. Tem muita cena do José Inocêncio na lida, que é uma coisa legal. Na época você não tinha muito isso. Fagundes ficou naquela figura do coronel de 30 anos atrás. E agora com esse novo olhar ambiental que a novela traz eu acho que coloca o personagem num outro lugar”, acredita o artista.
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.