Resumo
-
Meta está construindo dois data centers para expandir sua infraestrutura de inteligência artificial.
-
Um deles é o supercluster Hyperion, que deve atingir até 5 GW e que será instalado em Louisiana.
-
O outro é o Prometheus, que será em Ohio e deve ser inaugurado em 2026.
-
O foco é garantir a competitividade da Meta na corrida por IA para rivalizar com a OpenAI, Anthropic e Google DeepMind.
A Meta está construindo dois data centers de grandes proporções para garantir capacidade computacional para os seus projetos de inteligência artificial. Entre eles está um supercluster — rede projetada para treinar modelos de IA — batizado de Hyperion, que deve fornecer até 5 gigawatts (GW) de potência computacional.
O anúncio foi feito pelo CEO Mark Zuckerberg, nesta segunda-feira (14/07), em um post no Threads. A iniciativa confirma a escala do investimento da Meta para não perder terreno na corrida da IA.
Em junho, a empresa já havia revelado um novo laboratório dedicado ao desenvolvimento de IAs avançadas, incluindo pesquisas sobre “superinteligência”. Para isso, a Meta também contratou nomes de peso, como Alexandr Wang, da Scale AI, e continua oferecendo milhões em salários para atrair talentos de rivais.
Dois novos superclusters para IA
Segundo analistas da Semianalysis, o projeto Hyperion está sendo instalado em Richland Parish, Louisiana, onde a Meta já havia anunciado um centro de 2 GW em 2024. De acordo com Zuckerberg, o data center terá uma área física capaz de cobrir grande parte da ilha de Manhattan, em Nova York, e deverá alcançar 5 GW de potência total ao longo de “vários anos”.
Além do Hyperion, o CEO também mencionou um segundo data center, o Prometheus, com capacidade de 1 GW, que deve entrar em operação já em 2026. Esse segundo centro deve ficar próximo a New Albany, no estado de Ohio.
Com esses dois projetos, a Meta quer garantir a infraestrutura computacional necessária para competir com a OpenAI, Google DeepMind e Anthropic na corrida pela IA generativa.
Mais demanda energética
A construção desses superclusters também levanta preocupações sobre o impacto ambiental e social das infraestruturas voltadas à IA. Isso porque data center com 5 GW de potência, por exemplo, consome energia suficiente para abastecer milhões de residências.
Em algumas comunidades próximas a centros de dados da Meta, como na Geórgia, há relatos de escassez de água potável, segundo o New York Times. Em outros casos, como no Texas, a instalação de estruturas de empresas como a CoreWeave pode dobrar o consumo de energia de cidades inteiras, de acordo com a Bloomberg.
A escala desses projetos é tão grande que conta até com apoio direto do governo americano. Recentemente, o Secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, afirmou que o país precisa liderar a próxima fronteira tecnológica e energética: a inteligência artificial.
Especialistas estimam que os data centers podem responder por até 20% do consumo de energia dos EUA até 2030 — um salto expressivo em relação aos 2,5% registrados em 2022.
Com informações de TechCrunch, New York Times e Bloomberg