O encontro entre Miley Cyrus e Pamela Anderson para a nova edição da CR Fashion Book, divulgada nessa segunda-feira (22), trouxe à tona reflexões sobre reinvenção, identidade e o papel da performance na cultura pop contemporânea. Mais do que um ensaio de moda, a sessão funcionou como uma conversa sobre como artistas podem se transformar e permanecer autênticas ao longo da carreira.
Um dos principais temas explorados no encontro foi a evolução da própria ideia de showgirl. Miley, que sempre foi sinônimo de reinvenção, destacou que a showgirl não se resume ao palco. “Sempre estive redesenhando, reimaginando, re-inspirando minha vida. O show nunca parou desde que eu tinha 11 anos”, contou.
Para ela, a identidade de uma artista está em constante transformação: “Quando fiz esse ensaio para a CR, foi antes dessa visão de uma showgirl da forma que é vista atualmente. Agora existe uma conversa genuína acontecendo — e um novo ar surgindo — sobre o que é ser uma showgirl. O verdadeiro ‘ser showgirl’ vai muito além de sutiãs com pedrarias, plumas e maquiagem”.
(Foto: Nick Knight)
Outro ponto relevante foi a reflexão sobre moda como ferramenta de expressão pessoal. Tanto Miley quanto Pamela discutiram como o vestuário pode ser usado para reforçar ou subverter expectativas externas, permitindo que a personalidade se manifeste sem a necessidade de seguir padrões pré-estabelecidos.
Miley também compartilhou seus sentimentos sobre “Something Beautiful“, seu nono álbum de estúdio, e explicou que o objetivo do álbum vai além da música: “O que importava era se o álbum pudesse afetar alguém mais profundamente do que apenas através dos ouvidos, se a pessoa pudesse sentir, ver, saber, acreditar. Essa seria a vitória para mim.”
(Foto: Nick Knight)
Além disso, a artista também refletiu sobre momentos difíceis em sua carreira e como lidaria com eles hoje: “Tenho anotado coisas que aconteceram nos dias em que fiz shows. Se isso acontecesse agora, acho que me desculparia por causa das prioridades que tenho (…) Eu era tão próxima da minha bisavó. No dia em que ela morreu, ainda fui ao programa do Ryan Seacrest e promovi meu single no rádio. Acho que não faria isso hoje.”
A entrevista também abordou a relação das artistas com a própria trajetória. Ao longo da carreira, ambas passaram por transformações públicas e privadas, equilibrando imagem e identidade pessoal. O ensaio e a conversa destacam que a reinvenção não é apenas uma estratégia de mídia ou marketing, mas um processo contínuo de autoconhecimento, experimentação e adaptação.


