Resumo
- A Neon sofreu um acesso não autorizado em 09/02, resultando no roubo de dados de atuais e antigos clientes.
- O ataque envolveu a captura de informações financeiras como renda, saldo, limites de crédito e dados cadastrais como nome e CPF.
- Neon informou que acionou protocolos de segurança e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados acompanha o caso.
A empresa financeira Neon admitiu pela primeira vez que o acesso não autorizado em 09/02 resultou no roubo de dados confidenciais relacionados ao dinheiro na conta dos correntistas. Até o saldo foi vasculhado no incidente de segurança de fevereiro.
Clientes receberam um novo comunicado por email na noite desta sexta-feira (21/02). Nele, a Neon cita que os seguintes dados dos clientes foram obtidos sem autorização:
- Dados financeiros (como renda, limites de crédito e pagamento, saldo e número da conta)
- Dados de uso do sistema (como versão do app da Neon e modelo do celular)
- Dados cadastrais de identificação pessoal (como nome, CPF, telefone, email, filiação, endereço, data de nascimento, foto de identificação e do documento)
Entenda o caso
Até então, já se sabia que os dados cadastrais tinham sido capturados durante um acesso não autorizado, que foi realizado, segundo investigação da Neon, a partir de uma credencial (ou seja, login/senha) de um parceiro. A Neon não divulgou o nome da empresa envolvida no incidente.
A novidade diz respeito aos dados financeiros também capturados pelo suposto hacker. O agente malicioso, segundo o comunicado, pode associar clientes da Neon à sua renda, saldo em conta e limites de crédito.
No comunicado, a Neon diz que tais informações são classificadas como “dados gerais”, que não têm tratamento especial. A empresa tem razão: todos estes registros podem ser processados de maneira simples, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
O que diz a Neon?
A Neon ainda informa que os ex-clientes também podem ter sido impactados pelo roubo de dados “em razão de obrigações legais e regulatórias”.
A fintech reafirma que acionou protocolos de segurança e adotou medidas necessárias para evitar novos acessos. Também volta a dizer que “não identificou a divulgação pública dos dados pessoais impactados”.
Ainda não se sabe a extensão do problema, tendo em vista que a Neon não revelou quantos clientes tiveram os dados capturados na atividade hacker. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) acompanha a situação.