A rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) vai treinar sua inteligência artificial, chamada Grok, com posts públicos. Os usuários podem escolher se querem que suas publicações sejam utilizadas com este propósito.
A conta do X dedicada à segurança da rede publicou, nesta sexta-feira (26), que a opção está disponível na web e será oferecida nos aplicativos móveis “em breve”. Além dos posts públicos, o Grok pode usar pedidos, interações e resultados das conversas com a IA para treinamento e ajuste fino.
Como impedir que o X use seus dados
Como o Grok ainda não está disponível no Brasil, esta última parte não tem tanta relevância para nós. Mesmo assim, se você quer impedir que a rede use suas publicações para treinar a IA, siga estes passos:
- Acesse o X pelo navegador, seja o do celular ou o do desktop. A configuração não está disponível nos aplicativos para Android e iOS.
- Toque na sua foto de perfil (no celular) ou no ícone com três pontos (no desktop) e entre em “Configurações e Privacidade”.
- Vá até “Privacidade e Segurança”.
- Vá até “Grok”
- Desmarque a opção “Permitir que seus posts e suas interações, entradas e resultados do Grok sejam usados para treinamento e ajuste fino”.
Outra maneira é clicar diretamente no link que leva à página da opção, caso você já esteja logado na rede.
Vale notar que a política do Grok fala em posts públicos. Ao que tudo indica, publicações de contas privadas estão a salvo, bem como mensagens.
Como observa o site The Verge, não está claro desde quando esta opção existe. Uma versão arquivada de maio da página do X sobre o Grok já explicava os passos para desativar o uso dos posts para treinamento.
Mesmo assim, o assunto repercutiu entre usuários nesta quinta-feira (25). Uma das publicações com o tema tinha, na tarde desta sexta, mais de 5 milhões de visualizações e mais de 60 mil compartilhamentos.
O caso lembra o da Meta: em junho, a empresa mudou sua política de privacidade para também treinar suas ferramentas de inteligência artificial com dados dos usuários. O processo para se opor ao uso era mais longo, envolvendo até dez passos, no smartphone.
Após críticas dos próprios usuários de Facebook e Instagram, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibiu a Meta de usar essas informações. Posteriormente, a própria empresa suspendeu suas ferramentas de inteligência artificial generativa no Brasil.
Até agora, o Instituto de Defesa de Consumidores publicou um posicionamento sobre o X. Anteriormente, a entidade acionou ANPD, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a Meta.
Com informações: The Verge, Windows Central